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Independência da Finlândia

Universidade de Helsinque
Independência e vida!

Eu gosto do Brasil e da Finlândia, pois não creio que seja possível AMAR duas coisas simultaneamente, mas gostar muito, admirar e aproveitar-se delas, tenho certeza que sim. É o que exercito com ambos, tanto Brasil quanto Finlândia.

Já passei da fase de comparar os dois países. Estou na fase de aproveitar o que ambos podem me dar de melhor e usufruir disso ao máximo em benefício próprio.

Mas é inevitável não sentir mais orgulho da Finlândia nesse momento. Dia 06.12 comemoramos a independência (que foi no dia 06.12.1917). Orgulho por quê? O Brasil também lutou bravamente pela sua independência, da mesma forma que a Finlândia certo?

Errado.

Não sou eu que darei aula de história através de um blog, mas sugiro uma boa leitura, mas pela lógica da coisa, no Brasil depois da independência, as classes dominantes preocuparam-se em ficar mais dominantes e ricas, e o povo, com o papel de ser explorado e servir esta classe.

Criou-se (Corrigindo: aumentou-se) o grande abismo social no qual vivem os brasileiros até hoje.

Milionários hipócritas e pobres preguiçosos é o que dizem.

Não sei, estou longe demais para opinar. É o que dizem.

Enquanto isso na Finlândia…

Reuniu forças com a população, os ricos ajudaram a reerguer o país, e a Finlândia inteira, tinha um propósito: se levantar e se fortalecer.

Os burgueses, os artistas, os trabalhadores, todos com um só ideal. Fazer desde país um lugar digno para todos. E assim foi feito. Qual a diferença entre o Brasil e Finlândia?

Simples: Um pensamento individual e um pensamento patriota. O que fez a Finlândia ser o que é hoje? A educação, óbvio! Até hoje em dia o plano educacional é sempre voltado para “moldar” os cidadãos do futuro, uma das provas disso é que ainda temos no currículo escolar a matéria educação moral e cívica.

Um fato que irá chocá-los: foi a direita, a responsável pela educação se tornar gratuita. Na época, a esquerda reivindicava poder do voto, que, até então, era somente da burguesia. A revolta foi tanta, que a burguesia cedeu, porém, não teria cabimento dar tal poder a uma população na sua maioria de “agricultores ignorantes”. Por este motivo, os políticos de direita, decidiram que a educação deveria ser gratuita, para que o povo pudesse ter mais discernimento de como usar o poder do voto.

E o Brasil?

Os ricos querem ficar mais ricos, os artistas querem a fama e o glamour no Brasil, mas se envergonham de ser brasileiros em terras estrangeiras (muitas vezes), e os pobres que continuem a servir e se possível entrando pela porta de trás.

Assim caminha a sociedade brasileira desde a independência, e não vejo nem sinal de mudança. Se eu estivesse no Brasil, o que eu faria? Provavelmente nada, porque nós brasileiros não somos patriotas, não somos honestos, e não somos guerreiros (tem uma minoria que é, mas creio que eu pertenceria à maioria). O que a Finlândia me ensinou? O que pratico desde que fui “reeducada” aqui? Pago os impostos sem sonegar, não jogo lixo na rua, atravesso na faixa de pedestres para dar bom exemplo para as crianças, não tento tirar proveito de ninguém ou de qualquer situação, compro produtos finlandeses para ajudar as empresas do país e muitas outras coisas que podem parecer pequenas, mas que se todos fizerem, é o que mantém o país em equilíbrio. Atitudes que aprendi a ter aqui. Me julguem. E parabéns a você,  brasileiro, mora no Brasil e está lendo esse texto e pensando: “sou uma pessoa que tenho práticas dignas e corretas, pois fui educada(o) assim”. Parabéns aos seus pais e as pessoas que lhe ensinaram por bons exemplos.

Mas todo esse texto “furado” foi para dizer que VIVA A INDEPENDÊNCIA DA FINLÂNDIA! Abaixo algumas fotos, retiradas do arquivo da universidade de Helsinque na época da guerra.

 

E fotos mais atuais:

Estas fotos eu peguei do acervo gratuito do museu da cidade de Helsinque, para quem não conhece, vale a pena a visita. É gratuito.

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